domingo, 17 de julho de 2011

Linguagem


Fonoaudiologia é uma especial profissão da saúde, que se subdivide em cinco áreas. Dentre estas, existe aquela que lida diretamente com Linguagem, o que nomeia a dimensão em questão. A Linguagem, por sua vez, pode ainda dividir-se em alguns aspectos: Linguagem Escrita e Linguagem Oral, que são os mais básicos, Linguagem de Surdos, Linguagem alternativa para pacientes com comprometimentos neurológicos severos, etc. E é sobre estas dimensões que se tratará.
Para início das compreensões, entende-se como necessária a compreensão do que é considerado Linguagem. É, portanto, um processo mental consciente que visa à expressão interpessoal. Mesmo sendo uma ação consciente, pode ser determinada, também, pelo subconsciente e pelo inconsciente.  O que muitas vezes pode explicar o porquê da existência de pacientes psicopatológicos, com distúrbios de linguagem. A Linguagem humana compreensível, por fim, compreende a expressão verbal e gráfica e, ainda, a sintaxe que as torna ordenadas e passíveis de entendimento.
A Linguagem, em geral, inicia seu desenvolvimento quando ainda encontra-se em gestação, pois o bebê está em contato direto com a mãe. Posteriormente ao nascimento, a Linguagem passa a acontecer através de gestos, sorrisos, olhares e choros. Contudo, o progresso da Linguagem Oral da criança somente ocorrerá se esta for saudável, tiver desenvolvimento neurológico, estiver inserida em um ambiente em que haja comunicação, for capaz de ouvir e tiver “feedback auditivo” (retorno do que se disse), para aprender a falar e se expressar, da maneira correta. Depois que a Linguagem Oral torna-se fluente, está construída um dos mais importantes componentes da sobrevivência humana.
A Linguagem Oral, então, dá-se através da produção dos sons, da fala e da compreensão própria e alheia destes. Possíveis problemas, abordados neste segmento são, por exemplo, atrasos no desenvolvimento e aquisição da Linguagem Oral, falas erradas, falta de sintaxe, dificuldade na produção dos sons ou troca entre eles, e a “língua presa”. Para que fique mais claro o que são os distúrbios de Linguagem Oral, tomamos como exemplo a troca dos sons. Ela acontece quando o individuo permuta alguns fonemas, pronunciando “torvete”, ao invés de “sorvete”. Frente a tais, o fonoaudiólogo tem como funções: “promover a superação das alterações na expressão e/ou recepção da linguagem oral”.
A Linguagem Escrita, por sua vez, ocorre através de símbolos, palavras e demais desenhos. Normalmente, inicia seu desenvolvimento na fase de alfabetização da criança e, para seu sucesso, depende profundamente do correto uso da Linguagem Oral. Isso acontece, pois, cada som possui um correspondente gráfico que o representa, o que torna possível a correta escrita e leitura. Logo, esta comunicação gráfica está sujeita a diversos transtornos e dificuldades. A leitura silabada, lenta e imprecisa, a leitura não compreendida, as trocas de letras na escrita, problemas na ortografia e pontuação, e incapacidade / inabilidade em escrever textos ou de se expressar por meio gráfico são exemplos. Cabe, portanto, ao fonoaudiólogo, “promover a superação das alterações na expressão e/ou recepção da linguagem escrita (dificuldades em leitura e escrita, dificuldades de aprendizagem e dificuldades escolares)”.
A Linguagem de Surdos é outro segmento específico desta área da Fonoaudiologia. Eles não são pacientes patológicos. Para eles, suas mãos costumam ser sua forma de comunicação (Linguagem em Libras), o que os torna habilitados em diálogo interpessoal, enquanto a escrita em braile os torna possíveis de desenvolvimento de Linguagem Escrita. Estes sujeitos também necessitam estruturar seu pensamento, traduzir o que sentem registrar o que conhecem expressar-se e comunicar-se com os outros. E são as citadas maneiras, para estas realizações, que os fazem ingressar na cultura humana como qualquer outro individuo e, ainda, como sujeitos capazes de produzir transformações inimagináveis. Todos deveriam conhecer a Linguagem-origem desta comunidade, para que todos tivessem o privilégio de poder estabelecer algum contato com estas pessoas. Pois tanto os indivíduos que utilizam a Linguagem Oral, como os sujeitos que utilizam a Linguagem em Libras, têm muito ainda o que aprender uns com os outros, uma vez que vivenciam experiências amplamente diversas.
Os estágios de desenvolvimento da linguagem nos bebês: Os bebês humanos nascem antes de seus cérebros estarem completamente formados. Se os seres humanos permanecessem na barriga da mãe por um período proporcional àquele de outros primatas, nasceriam aos dezoito meses, exatamente a idade na qual os bebês começam a falar, portanto, nasceriam falando.
O cérebro do bebê muda consideravelmente depois do nascimento. Nesse momento, os neurônios já estão formados e já migraram para as suas posições no cérebro, mas o tamanho da cabeça, o peso do cérebro e a espessura do córtex cerebral, onde se localizam as sinapses, continuam a aumentar no primeiro ano de vida. Conexões a longa distância não se completam antes do nono mês e a bainha de mielina continua se adensando durante toda a infância. As sinapses aumentam significativamente entre o nono e o vigésimo quarto mês, a ponto de terem 50% a mais de sinapses que os adultos. A atividade metabólica atinge níveis adultos entre o nono e o décimo mês, mas continuam aumentando até os quatro anos. O cérebro também perde material neural nessa fase. Um enorme número de neurônios morre ainda na barriga da mãe, essa perda continua nos dois primeiros anos e só se estabiliza aos sete anos. As sinapses também diminuem a partir dos dois anos até a adolescência quando a atividade metabólica se equilibra com a do adulto. Dessa forma, pode ser que a aquisição da linguagem dependa de uma certa maturação cerebral e que as fases de balbucio, primeiras palavras e aquisição de gramática exijam níveis mínimos de tamanho cerebral, de conexões a longa distância e de sinapses, particularmente nas regiões responsáveis pela linguagem. 

Balbuciando

É comum dividir o estágio inicial da aquisição de linguagem em duas fases: pré-lingüística e lingüística. No estágio pré-lingüístico, a capacidade lingüística da criança desenvolve-se sem qualquer produção lingüística identificável. Sem levar em conta as mudanças biológicas que facilitam o desenvolvimento lingüístico e ocorrem nos primeiros meses de vida da criança, é o balbuciar dos bebês de aproximadamente seis meses que sinaliza o começo da aquisição da linguagem. Esse período é tipicamente descrito como pré-lingüístico porque os sons produzidos não são associados a nenhum significado lingüístico. O estágio dos balbucios é marcado por uma variedade de sons que muitas vezes são usados em alguma das línguas do mundo, embora muitas vezes não seja a língua que a criança irá, posteriormente, falar. O significado dessa observação não é claro. Por exemplo, consoantes posteriores e vogais anteriores, como [k], [g] e [i], aparecem cedo nos balbucios das crianças, mas tarde no seu desenvolvimento fonológico. 

Primeiras palavras

O primeiro estágio verdadeiramente lingüístico da criança parece ser o estágio de uma palavra. Nesse estágio, que aparece a poucos meses delas completarem um ano, as crianças produzem suas primeiras palavras. Durante esse estágio, as suas falas se limitam a uma palavra, que são pronunciadas de maneira um pouco diferente da dos adultos. Muitos fatores contribuem para essa pronúncia não usual: alguns sons parecem estar fora da escala auditiva das crianças, por dependerem da maturação de alguns nervos. Sons que são difíceis para a criança detectar, tornam-se difíceis para elas aprenderem. Além disso, alguns sons parecem ter uma articulação difícil para as crianças. Por exemplo, é comum ver crianças que possuem desenvolvimento lingüístico adiantado mas não conseguem pronunciar o [r]. Algumas vezes, sons fáceis podem se tornar difíceis na presença de outros sons. Por exemplo, crianças no estágio de uma palavra freqüentemente omitem o som das consoantes finais.
Crianças nessa fase, além de pronunciar as palavras de maneira diferente também querem dizer coisas diferentes com elas. Muitos pesquisadores perceberam que as crianças parecem expressar significados complexos com suas expressões curtas. É como se suas sentenças de uma palavra representassem um pensamento completo. Esse uso da linguagem indica que o desenvolvimento conceitual da criança tende a ultrapassar seu desenvolvimento lingüístico nos primeiros estágios da aquisição. Nós devemos traçar essa conclusão com cuidado, no entanto, já que julgamentos sobre o que as crianças querem dizer nos seus primeiros estágios de desenvolvimento são difíceis de fazer.
Dessa forma, mesmo que a primeira hipótese sobre aquisição de linguagem seja de que a criança simplesmente adquire sons e significados, a investigação das primeiras palavras da criança indica que o conhecimento adquirido por aquelas de um ano de idade toma a forma de um sistema rico de regras e representações. Como esses sistemas abstratos foram deduzidas, principalmente, através das experiências das crianças na comunidade lingüística, as diferenças entre a gramática da criança e a do adulto são compreensíveis.


Referências:



Conselhos de Fonoaudiologia

O CFFa e o CRFa têm suas funções regidas pela lei 6965/81 e constituem, em conjunto, uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Trabalho.
 CFFa- tem função normativa: define as normas e atos que norteiam o exercício profissional. O órgão também acompanha e fiscaliza as ações dos Conselhos Regionais, inclusive prestando contas ao Tribunal de Contas da União.
CRFa- Os Conselhos Regionais de Fonoaudiologia são autarquias federais que têm como principal objetivo orientar e fiscalizar a prática da fonoaudiologia em suas jurisdições, fazendo cumprir o exercício da profissão de acordo com a legislação e as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. Cabendo também a ele registrar profissionais e expedir os documentos necessários para que pessoas físicas e jurídicas estejam habilitadas a prestar serviços fonoaudiológicos. 
            O Conselho Regional de Fonoaudiologia 7a Região, responsável pela prática da fonoaudiologia no Rio Grande do Sul, foi instalado em 1°de novembro de 2002 a partir da posse da Junta Administrativa, conforme a Resolução 288, de 31 de agosto do mesmo ano. Em novembro de 2003, foram realizadas as eleições para a composição do Primeiro Colegiado, que assumiu o Conselho em 1° de abril de 2004.  
            Os Conselhos Regionais, por sua vez, zelam pelo cumprimento do que está previsto no Código de ética Profissional, nas resoluções e portarias do Conselho Federal. Cumpre este papel através da orientação e fiscalização do exercício profissional na área de sua jurisdição. A expedição dos registros profissionais, a instauração de processos ético-disciplinares e/ou administrativos e o julgamento de infrações são algumas das responsabilidades dos Conselhos Regionais.
            Ao zelar pelo exercício regular da profissão, em observância às determinações do Código de ética, de outras Leis, resoluções e portarias, os Conselhos de Fonoaudiologia estão protegendo a profissão e proporcionando um atendimento adequado a todas as pessoas que virem a consultar um fonoaudiólogo.

Os  CFFa e os CRFa funcionam da seguinte forma:
Colegiado: a cada 03 anos ocorre uma eleição, direta para o CRFa e indireta para o CFFa, para a escolha de uma chapa composta por 20 fonoaudiólogos que assumirão a gestão do Conselho pelo período de 03 anos. Estes membros são divididos entre efetivos e suplentes.
Plenário: os 10 membros efetivos compõem o plenário, órgão deliberativo e soberano dos Conselhos de Fonoaudiologia. Estes membros reúnem-se em intervalos máximos de 03 meses em reuniões denominadas Sessões Plenárias Ordinárias para discussão das principais diretrizes do Conselho.
Diretoria: a diretoria é composta por 04 conselheiros efetivos, escolhidos pelo plenário, assumem as funções de presidente, vice-presidente, secretário e tesoureiro. A mesma é órgão executivo do Conselho e de apoio ao Plenário.
Presidente: o presidente tem como principal função representar legalmente o Conselho.
Comissões: são auxiliares do Plenário e Diretoria e possuem finalidades específicas. Cada Conselho poderá criar comissões de acordo com a necessidade da região, mas, no entanto, três são obrigatórias: Comissão de ética, Comissão de Orientação e Fiscalização e Comissão de Tomada de Contas.
Assessorias: são desempenhadas por profissionais e empresas habilitadas e competentes para exercerem atividades específicas junto ao Conselho, como assessorias Jurídicas, Contábil, Comunicação e Imprensa.
Funcionários administrativos: os Conselhos dispõem de funcionários no setor administrativo, contratados por meio de concurso público.
Fiscais: os Conselhos Regionais possuem fiscais fonoaudiólogas contratadas por meio de concurso público que, juntamente com outras conselheiras fiscais, realizam o trabalho de orientação e fiscalização do exercício profissional.
 
            Na Constituição Federal está estabelecido que um Sindicato é uma pessoa jurídica de direito privado que têm como finalidade primordial a defesa dos interesses de seus filiados. Sendo suas principais atividades: a negociação do piso salarial, da jornada de trabalho e da tabela de honorários, bem como a participação nos dissídios coletivos e individuais. Cabendo assim aos sindicatos tratar de assuntos referentes aos aspectos trabalhistas, isto é, defendem, estudam e coordenam interesses econômicos e profissionais.

            As Sociedades de Classe de maneira geral tem como prioridade, em suas discussões e objetivos, os aspectos sociais, culturais e científicos de uma profissão, sendo regidas por um estatuto, que normatiza as finalidades básicas da instituição e especifica seu funcionamento.
            Na Fonoaudiologia, as Sociedades são mantidas pela contribuição de seus sócios. Os valores arrecadados são destinados à promoção de eventos científicos e culturais, a exemplo de palestras, jornadas e congressos. Algumas delas também promovem assessoria jurídica ao associado, orientação de saúde pública para a comunidade, etc.

            As Associações Profissionais da classe da fonoaudiologia reúnem pessoas em torno de objetivos definidos, com metas normalmente convergentes com o aprimoramento científico. Podendo, com o tempo, se transformar em sindicatos ou sociedades.
Cabe a cada profissional, fonoaudiólogo, efetuar registro apenas no CRFa do seu estado (esta atitude é obrigatória). No entanto, é a filiação às entidades de classe que fortalecem as ações realizadas pelas mesmas o que mostra sua importância.
mesmo não sendo obrigados a filiarem-se nos sindicatos, os fonoaudiólogos, assim como todo trabalhador brasileiro, são obrigados a pagarem a contribuição sindical anual, conforme estabelecido na CLT.

Ética na Fonoaudiologia:

O fonoaudiólogo é um profissional da saúde que atua na pesquisa, prevenção, avaliação, diagnóstico e tratamento, nas áreas da comunicação oral e escrita, voz, audição/equilíbrio, sistema nervoso e sistema estomatognático incluindo a região cérvicofacial. O fonoaudiólogo tem autonomia para realizar sua prática sozinho ou em conjunto com outros profissionais de saúde em vários lugares como: clínicas, creches, escolas (estas podem ser regulares ou especiais) e comunidades, podendo ainda atuar no Programa de Saúde da Família, unidades básicas de saúde (UBS), hospitais, emissoras de rádio, televisão, teatro, home care  (atendimento domiciliar), empresas de próteses auditivas, indústrias, centros de reabilitação, entre outros. Como podemos constatar, o número de lugares onde o fonoaudiólogo está presente, atuando é muito amplo, tornando-se necessário que certas regras sejam estabelecidas para que assim a conduta deste profissional seja satisfatória e coerente dentro destes diferentes lugares.
Para que as regras que norteiam a profissão sejam estabelecidas existe o Código de Ética da fonoaudiologia que contém todos os direitos e deveres do profissional, sendo ele que regulamenta os direitos e deveres dos inscritos nos Conselhos de Fonoaudiologia, de acordo com suas atribuições específicas. Estando estabelecido em tal documento que cabe ao conselho federal analisar se os princípios que constituem o código de ética da profissão estão sendo respeitados ou não.
O fonoaudiólogo enquanto profissional possui seu Código de Ética, que enumera os direitos, deveres e responsabilidades dele quando este atua.  As relações estabelecidas em função de sua atividade estão embasadas em normas que devem ser respeitadas.  O código de Ética da fonoaudiologia, no Brasil, é constituído dos direitos gerais dos Fonoaudiólogos inscritos nos Conselhos Regionais de Fonoaudiologia, nos limites de sua competência e atribuições.
Dentre os itens que estão presentes no código de ética do fonoaudiólogo estão: exercício da atividade sem ser discriminado; exercício da atividade com ampla autonomia e liberdade de convicção; avaliação, solicitação, elaboração e realização de exame, diagnóstico, tratamento e pesquisa, emissão de parecer, laudo e/ou relatório, docência, responsabilidade técnica, assessoramento, consultoria, coordenação, administração, orientação, realização de perícia e demais procedimentos necessários ao exercício pleno da atividade; liberdade na realização de estudos e pesquisas, resguardados os direitos dos indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos; liberdade de opinião e de manifestação de movimentos que visem à defesa da classe; requisição de desagravo junto ao Conselho Regional de Fonoaudiologia da sua jurisdição, quando atingido no exercício da atividade profissional; consulta ao Conselho de Fonoaudiologia de sua jurisdição quando houver dúvidas a respeito da observância e aplicação deste Código, ou em casos omissos.
 A Fonoaudiologia é a profissão regulamentada pela Lei no 6.965, de 9 de dezembro de 1981, e pelo Decreto no 87.218, de 31 de maio de 1982.
 Como podemos observar sua regulamentação é recente se comparada a outras profissões, porém, devido sua grande importância possui princípios éticos como: o exercício da atividade em benefício do ser humano e da coletividade, mantendo comportamento digno sem discriminação de qualquer natureza; a atualização científica e técnica necessária ao pleno desempenho da atividade; a propugnação da harmonia da classe.

Como profissionais devemos ter a conscientização de que devemos seguir esses preceitos que constituem o código de ética da profissão. Estando expostos a punições, pelos os órgãos competentes caso não ocorra o cumprimento dos mesmos.
A ética profissional nesta e em todas as profissões é de extrema importância para que assim haja uma harmonia dentro a classe de trabalhadores e um bom atendimento da população em geral. A cada atitude que tomarmos devemos ter consciência de suas conseqüências. Sendo assim, seja futuramente como profissionais ou atualmente como alunos em formação devemos conhecer e respeitar as regras que norteiam nossa profissão.



Referências:


www.crfa7.com.br/ 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBu4eMdrVqp_LaHvZBWgH-9SNbWR9o14RbUzthjAyRczHc6FeLKjYBmmhyphenhyphenXlUGrbkAtFx2L4jZkzv3UCSyU-_DdR9YrWq-qRoF7mFypXuUvp2ilM99VCGzcBD0pzR8PuL_E1EDG3GV9NsY/s1600/conselho.jpg&imgrefurl=http://solipca.blogspot.com/2009_11_01_archive.html&usg=__iqGq-iKRRkfP07Zi0V1hMx4y09Y=&h=305&w=448&sz=32&hl=pt-BR&start=0&sig2=ChYtRQCsFkoNt39D3Z2ntQ&zoom=1&tbnid=cysXIJxDzDM1eM:&tbnh=122&tbnw=150&ei=mJsbTvTwDPSGsAKosYjVCA&prev=/search%3Fq%3Dconselho%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26biw%3D1350%26bih%3D581%26tbm%3Disch&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=614&vpy=267&dur=5998&hovh=185&hovw=272&tx=147&ty=103&page=1&ndsp=21&ved=1t:429,r:10,s:0



sexta-feira, 1 de abril de 2011

História da Fonoaudiologia no Brasil

Antes de começar a ponderar sobre a história da Fonoaudiologia no Brasil, é interessante entender do que esta trata: é a ciência que estuda a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, ao seu aperfeiçoamento e às suas alterações. Iniciou na América do Sul através da Argentina, principalmente da sua capital - Buenos Aires, tendo influência direta sobre o Brasil.
A Fonoaudiologia começou a ser difundida no Brasil na década de 30, quando a Medicina e a Educação consideraram que a profilaxia e outros erros de linguagem, devido à heterogeneidade do povo brasileiro daquela época, poderiam ser tratados juntamente com a ajuda de atividades pedagógicas. A partir daí nota-se que, seu surgimento deu-se, basicamente, por ser uma necessidade social, fazendo-a advir da prática e não da teoria.
            A profissão, porém, passou por diversos nomes até encontrar este atual. Primeiramente nasceu como Logopedia - estudo dos problemas da fala, da linguagem, da voz e da comunicação -, Terapia da Palavra/Fala, Ortofonia - estuda a pronúncia correta das palavras - e, por fim, nomeou-se como Fonoaudiologia. O curso, além disso, não aconteceu isolado, trabalhou, inicialmente com outras faculdades, como Medicina e Psicologia, até o momento em que encontrou seu espaço e importância mostrando-se individualmente capaz.
            Nos anos 60 aconteceu o inicio do ensino da Fonoaudiologia no Brasil com a criação de cursos em São Paulo no ano de 1961, tendo inicialmente a duração de um ano apenas. Tal situação só teve mudança no ano de 1964 quando passou a ter dois anos de duração. Atualmente o curso tem duração de quatro anos, possibilitando ao profissional, após graduado, trabalhar em vários setores da comunidade, visto que o papel do fonoaudiólogo na atualidade vem ganhando grande notoriedade e destaque.
            Essa ocupação veio a ser reconhecida, porém, somente na década de 70 quando aconteceram movimentos pelo reconhecimento dos cursos e da profissão. Em 1976 ocorreu a aprovação do primeiro currículo mínimo de Fonoaudiologia e no ano de 1977 foi criado o curso a nível bacharelado na Universidade de São Paulo (primeiro com funcionamento autorizado). Em 1980, começou a conhecer tempos mais favoráveis para si. Confirmou-se sua regulamentação através da Lei n°6965 – marcando 09 de dezembro como o dia do fonoaudiólogo. Em 1983, o Ministro do Trabalho instalou a Portaria 3017/83 que criou o primeiro Conselho Federal de Fonoaudiologia, órgão disciplinador e fiscalizador do exercício da profissão e do cumprimento das normas éticas. A partir daí, foram criados os Conselhos Regionais e houve o reconhecimento de fato e de direito da profissão. Congressos específicos na área também tiveram início neste ano. Aprovou-se o primeiro Código de Ética do Ofício em 1984 e houve a fundação da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) no ano de 1988.
Se a Fonoaudiologia começou como técnica, com dogmas e com explicações metafísicas do seu fenômeno, hoje, faz parte das Ciências de Comunicação, pesquisando a comunicação patológica, formando seus profissionais como modernos cientistas, estudando as suas próprias teorias que, através de estudos, levantaram pesquisas ao longo do século XX. Certamente levantará, no século XXI, novidades no intuito do aperfeiçoamento dos estudos já realizados, além de buscar fatos novos para o enriquecimento da profissão. Através dos conhecimentos acumulados ao longo desses anos na área, já é possível, atualmente, a compreensão da Linguagem, como um fenômeno biopsicossocial complexo em que cada grupo possui a sua própria linguagem com as suas peculiaridades, sendo o papel do fonoaudiólogo de extrema importância dentro da sociedade em que vivemos.
A Fonoaudiologia busca compreender filosoficamente, as diversas formas de linguagem e o ser humano em geral. Sendo assim, esta profissão que de inicio surgiu no Brasil para sanar um problema, devido aos diferentes modos de falar da população, hoje está presente em diferentes lugares ajudando na comunicação.


Referências Bibliográficas:
Slides da profª Lenisa Brandão